Comemorado no último sábado (21), o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa também trouxe à luz um dado preocupante: o número de casos de intolerância religiosa no Brasil vem aumentando.
Organizado pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas e pelo Observatório das Liberdades Religiosas, o II Relatório sobre Intolerância Religiosa: Brasil, América Latina e Caribe aponta que foram registrados 477 casos em 2019, 353 em 2020 e 966 em 2021. Os dados são do portal Disque 100, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. De acordo com o estudo, a diminuição de casos em 2020 pode ser relacionada à Pandemia de Covid-19 e às medidas restritivas tomadas pelos estados.
As religiões de matriz africana são as mais atingidas pela intolerância, com 244 casos notificados apenas em 2021. A região Sudeste do país é a que apresenta mais casos registrados, enquanto Norte e Centro-Oeste apresentam os menores números.
Instituído no Brasil em 2007, pela Lei Federal nº 11.635, o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa relembra a morte da Iyalorixá baiana e fundadora do Ilê Asé Abassá, Gildásia dos Santos e Santos, conhecida como Mãe Gilda. Ela teve a casa e o terreiro invadidos por um grupo de outra religião. Após perseguições e agressões verbais, Mãe Gilda morreu de infarto fulminante.
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