O ParáPod+ da última quinta-feira (22) recebeu a engenheira agrônoma Tânia Moura, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Santana do Araguaia e já coordenou o programa de ações de metas de atendimento para manutenção do programa Municípios Verdes, que foi o tema discutido no videocast.
O projeto foi desenvolvido pelo Governo do Pará, em parceria com municípios, sociedade civil, iniciativa privada, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Ministério Público Federal (MPF).
Segundo o site da iniciativa, o Programa Municípios Verdes tem como objetivo combater o desmatamento no Estado, fortalecer a produção rural sustentável por meio de ações estratégicas de ordenamento ambiental e fundiário e também de gestão ambiental, com foco em pactos locais, no monitoramento do desmatamento, na implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e na estruturação da gestão ambiental dos municípios participantes.
A engenheira falou, no programa, sobre a conscientização de produtores rurais, que devem seguir alguns critérios para exportação de grãos, por exemplo.
“Um desses quesitos que são exigidos para que se faça a venda de grãos para o exterior é o atendimento de metas socioambientais: ter reserva legal; não possuir desmatamento posterior ao Marco Regulatório de 2008, que é previsto por lei; preservar os cursos da água, bem como a mata do entorno. Antigamente, tinha-se essa ideia de que para produzir é preciso desmatar. Hoje, eu digo que para produzir nós precisamos conservar, otimizando a produção e aumentando a produtividade com a utilização de novas tecnologias”, explicou.
Ela também explicou como o trabalho de conscientização ambiental permite uma melhor qualidade de vida nas áreas urbanas, além das rurais. “Há muitos anos, antes de começarmos esse trabalho aqui no município (de Santana do Araguaia), durante os meses de agosto, setembro e outubro, até o início das chuvas nós tínhamos uma qualidade do ar muito ruim dentro da zona urbana, porque havia muitas queimadas nas zonas rurais e isso nos afetava diretamente porque a fumaça ficava localizada dentro da zona urbana”.
“Hoje em dia, isso basicamente não acontece mais, porque nós conseguimos, através desse trabalho de formiguinha, de conscientização, de que queimar é errado, de que é impróprio, de que não oferece todas essas facilidades que o produtor imagina, nós conseguimos reduzir drasticamente os níveis de queimadas aqui no município”, completou.
Ela também falou sobre os impactos socioeconômicos dessas medidas, da legislação ambiental e das metas municipais do Programa. Para ver mais, assista o ParáPod+ completo aqui: