22/11/2022 às 21h13min - Atualizada em 22/11/2022 às 21h13min
Preço da farinha de mandioca fica estável em outubro, mas continua cara em Belém; revela Dieese
Luciana Carvalho, estagiária sob supervisão do jornalista Yuri Maia.
Reprodução De acordo com pesquisas divulgadas nesta terça-feira (22) pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no mês passado (Out/2022), o preço do quilo da farinha de mandioca, comercializada em feiras livres e supermercados de Belém apresentou estabilidade.
No entanto, o levantamento do Dieese-Pa apontam também que, nos comparativos de preços deste ano (Jan-Out/2022) e também dos últimos 12 meses (Out/2021-Out/2022), o produto ainda apresenta alta de preços.
Ainda segundo as pesquisas do Departamento Intersindical, a trajetória de preços médios do produto nos últimos 12 meses, não foi uniforme e teve a seguinte disposição: em Out/2021, o quilo estava sendo comercializado, em média, nas feiras e supermercados da Capital a R$ 7,22 e encerrou o ano passado (Dez/2021) custando, em média, R$ 7,23.
No início deste ano (Jan/2022), o quilo da farinha estava sendo vendida, em média, a R$ 7,07; em Set/2022 foi comercializado, em média, a R$ 7,53 e no mês passado (Out/2022), o produto continuou com o valor de R$ 7,53 se mantendo estável em relação ao mês de Set/2022. Mesmo assim, no balanço comparativo de preços deste ano (Jan-Out/2022), o produto ainda acumula alta de 4,15%. Já nos últimos 12 meses, o reajuste acumulado foi de 4,29%.
Segundo os pesquisadores do Dieese, o Pará continua sendo um dos maiores produtores da maniva, que é um dos principais ingredientes na fabricação da farinha de mandioca, mas, nos últimos anos, o quilo do produto ficou "muito caro".
"As causas desses aumentos no preço da farinha e de outros produtos básicos da mesa dos paraenses são muitas e passam por uma série de fatores estruturais dentro da cadeia produtiva até a comercialização. A maior quantidade da farinha de mandioca consumida na Grande Belém vem de municípios próximos da capital, como Castanhal, Capanema e Bonito, entretanto, mais da metade da produção é ainda artesanal", explica o Departamento Intersindical.