Censo do IBGE chega às terras indígenas

Saiba como será a pesquisa nas aldeias

Jefferson Machado, estagiário da editoria Atualidades, sob supervisão do jornalista Yuri Siqueira
08/08/2022 15h49 - Atualizado em 08/08/2022 às 15h49

O Censo demográfico 2022 chega às terras indígenas no dia 10 de agosto em todo o território nacional.  Por meio da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), os agentes do IBGE, treinados especialmente para coletar informações em terras indígenas, cumpriram todo os requisitos vacinais contra febre amarela, covid e gripe.  O objetivo do Censo nas comunidades indígenas é atualizar as informações sobre a realidade desses grupos, suas diferentes formas de organização social, costumes, línguas e características culturais. 

A primeira atividade dos recenseadores do IBGE é uma reunião com as lideranças indígenas. Logo após esse primeiro momento, será feita a aplicação de um questionário de Abordagem em grupamento indígena.  Nesse questionário há perguntas sobre a infraestrutura da aldeia, acesso a recursos naturais, educação, saúde e entre outros.  Por fim, os recenseadores visitam todas as famílias para entrevistá-las.


Segundo o último Censo realizado no Brasil em 2010, viviam 896,9 mil indígenas, de 305 etnias e 274 línguas diferentes. A pesquisa demonstrou que 57,7% da população indígena estava distribuída em 505 Terras Indígenas, das quais seis tinham mais de 10 mil habitantes. A terra com maior população era a Yanomami, localizada nos estados do Amazonas e de Roraima, com 25,7 mil pessoas.

O recenseamento realizado há 12 anos comprovou a grande diversidade indígena e os diferentes modos de vida e riqueza cultural. O retrato dessas etnias, sua cultura e onde habitam será um dos grandes desafios do Censo 2022.

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