03/08/2022 às 08h24min - Atualizada em 03/08/2022 às 08h24min

Varíola do macaco (Monkeypox): primeiro caso é registrado em Ananindeua pela Sespa

Belém monitora ação epidemiológica da doença e garante assistência integral

Mayron Gouvêa

Primeiro caso de varíola dos macacos na grande Belém está sendo monitorado por órgãos de saúde de todas as esferas governamentais.
Segundo a Secretaria de Saúde Pública (Sespa) o primeiro caso de Monkeypox no Pará é importado. O paciente é do sexo masculino, de 27 anos, com histórico de viagem recente por São Paulo e Rio de Janeiro. Ele buscou atendimento em uma Unidade Pronto Atendimento (UPA) de Ananindeua, mas é residente de Belém. 

O homem está em isolamento domiciliar assim como seus contatos, sendo monitorado pela equipe de vigilância do município de Ananindeua. A Sespa ressalta que não há evidências de transmissão comunitária da doença no Estado.


A Secretaria de Saúde Pública esclarece que atua diretamente com os municípios na capacitação de profissionais de vigilância em saúde com orientações técnicas e reuniões semanais para que a Monkeypox seja rapidamente diagnosticada e aconteça o isolamento do possível caso e assim evitar um surto da doença. 

Belém monitora caso e reforça atenção 



Com a confirmação nesta segunda-feira, 2, pela Sespa, do primeiro caso da doença no Estado, a Secretaria Municipal de Saúde de Belém reforçou as ações de vigilância. Apesar de o paciente ter sido notificado, oficialmente, no município de Ananindeua, ele mora em Belém, onde segue em isolamento e no processo de cura.

“Estamos acompanhando o caso. Vamos manter a população sempre informada sobre o cenário epidemiológico da doença em Belém. Os casos que, porventura, aparecerem seguem em sigilo para não causar alarde e para manter a privacidade das pessoas”, explica o diretor de Vigilância à Saúde da Sesma, Adriano Furtado.

Após um caso ser considerado suspeito, a suspeição é notificada e, a partir daí, são feitos o diagnóstico diferencial – haja vista que as lesões se confundem com outras doenças – e a contraprova. “A doença tem autocura. O paciente tende a evoluir para a cura, exceto aqueles que têm o sistema imunológico muito debilitado”, ressalva o diretor.

Prevenção

A Sesma lembra que, enquanto não há uma vacina disponível no Brasil, a melhor forma de combater a doença é adotar hábitos de prevenção. E não há motivo para alarde. “Essa é uma variante muito menos letal que a varíola humana. A população deve se tranquilizar. Os órgãos de saúde estão monitorando os casos e, se houver necessidade de internação, estamos prontos para atender”, assevera o diretor.

A varíola dos macacos é uma doença causada pelo vírus Monkeypox, que pertence à mesma família da varíola humana, porém, menos letal. A doença não faz distinção de pessoas. Todos estão suscetíveis à contaminação, se expostos às formas de transmissão do vírus.

Sintomas

A transmissão do vírus ocorre principalmente por: contato com lesões de pele ou fluídos corporais (gotículas respiratórias expelidas no ato de falar, tossir ou espirrar); e compartilhamento de objetos pessoais (como talheres, roupas de cama e banho, lâminas de depilação e outros).

Os sintomas podem ser leves ou graves e se caracterizam por febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, gânglios inchados, calafrios e exaustão e surgimento de pequenos caroços – semelhantes aos da catapora e da sífilis –, que formam uma crosta e depois caem. As lesões podem ser dolorosas e podem causar coceira.

A prevenção contra a varíola dos macacos pode ser feita reduzindo o contato com pessoas contaminadas ou que tenham tido contato direto com casos confirmados. Além disso, é importante manter a higiene das mãos com água e sabão ou álcool em gel e preferir usar máscara, especialmente em locais fechados.

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