O projeto “Lê pra mim?” iniciou suas atividades em Belém reunindo mais de 500 alunos da Escola Estadual Nossa Senhora da Conceição Aparecida, no bairro da Pedreira. A ação, que busca incentivar a leitura entre crianças do ensino fundamental, contou com a participação de personalidades como o coreógrafo Carlinhos de Jesus e a cantora paraense Hellen Patrícia. Cada estudante recebeu um livro ao final do encontro, reforçando o estímulo à leitura fora da sala de aula.
A iniciativa se soma a programas como o Alfabetiza Pará, lançado em 2023 pela Secretaria de Estado de Educação, que já resultou no aumento significativo do número de crianças alfabetizadas. Belém, onde a maioria dos estudantes da rede pública está concentrada em bairros com alta vulnerabilidade social, tem se beneficiado de ações que combinam formação docente, distribuição de materiais e atividades culturais voltadas à promoção da leitura e da escrita nos primeiros anos do ensino.
Mais de 500 estudantes da Escola Estadual Nossa Senhora da Conceição Aparecida, localizada no bairro da Pedreira, em Belém, participaram do primeiro dia de atividades do projeto "Lê pra mim?", que incentiva a leitura entre crianças do ensino fundamental. A programação teve início na última segunda-feira (31), reunindo artistas e figuras públicas para promover o hábito da leitura nas escolas.
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A ação integra um circuito nacional que, em 2025, completa 15 anos. Nesta edição, o projeto expandiu sua atuação para cidades como Manaus (AM), Sinop (MT) e Porto Velho (RO), além de Belém. A proposta é realizar dez encontros em cada município, com o objetivo de beneficiar cerca de 4 mil alunos, capacitar 100 professores e formar 500 novos leitores.
Na capital paraense, o projeto foi iniciado com apresentações e leituras de livros infantis para estudantes do 1º ao 5º ano. Participaram desta edição nomes como o coreógrafo Carlinhos de Jesus, o carnavalesco Milton Cunha, a cantora paraense Hellen Patrícia e a primeira-dama do estado, Daniela Barbalho. Ao final do evento, cada criança recebeu um livro para levar para casa, reforçando o incentivo à leitura fora do ambiente escolar.
Segundo a vice-diretora pedagógica da escola, Daniele Bittencourt, a presença de personalidades nas atividades educativas contribui para aproximar os alunos da literatura. "Esse contato gera engajamento. É um reforço ao processo de alfabetização que já vem sendo trabalhado com ações complementares", comentou.
Ações voltadas à alfabetização no Pará
O Pará vem adotando medidas para melhorar os índices de alfabetização. Uma das iniciativas é o programa Alfabetiza Pará, lançado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) em janeiro de 2023. O programa atua em parceria com os municípios, oferecendo formações, avaliações de fluência leitora e distribuição de materiais didáticos.
Em 2024, o estado apresentou avanço expressivo: mais que dobrou o número de crianças alfabetizadas nos anos iniciais. De acordo com dados do Ministério da Educação, o Pará atingiu 48% de alfabetização, superando a meta prevista de 37%. O desempenho colocou o estado entre os seis com maior evolução em comparação ao cenário pré-pandemia, o que resultou na conquista do selo nacional “Compromisso com a Alfabetização”, concedido pelo MEC.
Educação e leitura em destaque
Além de contribuir para a alfabetização, projetos como o "Lê pra mim?" promovem o engajamento das crianças com o universo dos livros e estimulam o desenvolvimento da fala, escrita, criatividade e interpretação de texto. Para a estudante Cristine Trindade, do 5º ano, o evento foi especial: “A leitura ajuda a gente a aprender mais e se expressar melhor. Eu gosto muito de participar dessas atividades na escola.”
A idealizadora do projeto, Sônia de Paula, destacou que o objetivo principal é fomentar a leitura como ferramenta de transformação social. Em Belém, a proposta se conecta com a realidade local, onde muitos estudantes têm seu primeiro contato com livros literários por meio da escola pública.
Contexto local
Segundo dados da Seduc, Belém possui mais de 160 mil estudantes matriculados na rede estadual de ensino. A maioria está concentrada em bairros periféricos como Pedreira, Jurunas e Terra Firme, onde há maior demanda por políticas públicas de incentivo à leitura e alfabetização. Iniciativas como o “Lê pra mim?” somam-se aos esforços para melhorar os índices educacionais no estado.
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