29/08/2024 às 14h09min - Atualizada em 29/08/2024 às 14h09min

Juíza xinga e bate boca com advogada em audiência virtual: “Que merda de diferença faz?”

JURINEWS (Reprodução Internet)
Uma audiência virtual conduzida pela juíza do Trabalho de Goiânia, Cleuza Gonçalves Lopes, gerou polêmica e discussões após a magistrada fazer declarações controversas sobre o formato online e sua interação com advogados. O incidente ocorreu no dia 20 deste mês, quando a juíza deixou clara sua insatisfação com as audiências virtuais, afirmando que seria uma “enorme alegria” se pudesse evitar julgar processos nessa modalidade.

A controvérsia começou quando uma advogada apontou um possível erro na ata da audiência, o que levou a juíza a declarar: “a ata é minha, eu escrevo o que eu quiser nela”. Essa resposta desencadeou um clima tenso na sessão, que se intensificou com novos comentários de Lopes sobre a condução das audiências virtuais: “Odeio fazer audiência virtual. Odeio. E não é pouco não. Todo mundo se acha no direito. […] Todo mundo acha que é juiz nas audiências virtuais”.


Além disso, quando questionada pela advogada sobre um suposto tratamento desigual dado a uma testemunha, a juíza reagiu com ironia, dizendo: “Olha, que bonitinho, depois de 40 anos, eu estou aprendendo como é que pergunta para testemunha”. Essas declarações foram vistas por muitos como um desrespeito e falta de consideração, especialmente em um ambiente que exige profissionalismo e respeito mútuo.

Em meio à repercussão negativa, o Tribunal Regional do Trabalho de Goiás (TRT-GO) emitiu uma nota de esclarecimento, reafirmando seu compromisso com a ética, o respeito e a cooperação. O TRT-GO destacou que a Corregedoria Regional e a Ouvidoria estão disponíveis para receber reclamações e recursos sobre o ocorrido. O Tribunal também reiterou sua dedicação em manter relações harmoniosas e respeitosas com a advocacia, alinhadas com os princípios que guiam a Justiça do Trabalho em Goiás.

Até o momento, não há registros de processos disciplinares abertos contra a juíza Cleuza Gonçalves Lopes, mas o incidente colocou em evidência a importância de um diálogo mais cuidadoso e respeitoso nas sessões judiciais, sejam elas presenciais ou virtuais.

Fonte: 
JURINEWS

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