27/05/2022 às 19h09min - Atualizada em 27/05/2022 às 19h09min

Prints do WhatsApp podem ser tornar provas em processos judiciais

Segundo especialistas, existem formas seguras para tornar o print uma evidência dentro do celular

Fernando Moura

Foto: Divulgação
O mundo digital é repleto de informações e atitudes que podem ser transformadoras, mas também podem ser uma grande dor de cabeça. Entre as redes sociais, a mais utilizada pelos brasileiros e o WhatsApp, aplicativo de mensagem que pode enviar mensagens, textos, áudios, vídeos e documentos para uma única pessoa ou grandes grupos com centenas de pessoas. Mas você já imaginou que o aplicativo pode se tornar uma fonte de evidência caso alguém cometa algum crime em alguma conversa?

Para evidenciar um crime sofrido dentro do WhatsApp, seja uma ameaça, divulgação indevida de imagem, tentativa de golpe, entre outras possibilidades de infrações, qualquer pessoa pode gerar um print, captura automática da tela que salva a imagem e disponível em qualquer smartphone. Segundo a especialista em perícia digital, Ana Moura, o print é ajuda a apresentar provas a autoridades, se ela não sofrer nenhum tipo de alteração no celular. Segundo a especialista, o arquivamento da imagem é uma forma de se proteger, caso a outra pessoa apague a conversa.


De acordo com Ana, as evidências podem ser apresentadas às autoridades em formato físico (impresso) ou digital. ““A gente pode fazer dessas duas maneiras, mas em tese, o mais comum é o impresso no formato de ata notarial documentado, para que possa ser analisado pelo juiz de uma forma mais robusta, com mais integridade e com todos os dados ali constados de acordo com o que foi visto pelo tabelião,’ afirma.

Vítima de ameaças pelo WhatsApp, a secretária Fernanda Pinheiro utilizou os prints para se livrar de uma agressora que a intimidava por pelo aplicativo. Segundo Fernanda, sua vida se transformou em um terror que só encerrou quando entrou com um processo contra a agressora. “Ela (agressora) nunca aceitou o fim do relacionamento e ficou mais agressiva quando eu comecei a me relacionar com o ex-companheiro dela. Até que chegou ao ponto dela me enviar mensagens diariamente ameaçando a mim e minha filha de 04 anos”, revela Fernanda que ainda tentou bloquear a agressora. Mas a tentativa não funcionou.

“Quando bloqueei o contato dela, ela me mandava mensagens de outros números. Chegou um momento que comecei a temer pela minha integridade e não conseguia mais sair sozinha com medo de ser atacada. Foi nesse momento que procurei as autoridades policiais e iniciei um processo. Reunindo todas as evidências com fotos e vídeos das ameaças”. Finalizou.

Especialistas apontam que os prints podem ser utilizados para várias situações, inclusive para denúncias em ambientes corporativos. Para isso, todas as evidências devem ser preservadas com integridade.

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