No dia 6 de abril, o espaço aéreo do Território Indígena Yanomami será fechado pela Força Aérea Brasileira (FAB). A ideia é desestimular o garimpo e impedir que voos encabeçados por garimpeiros cheguem ao território.
Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, houve uma redução significativa do garimpo ilegal na região, com voos encabeçados por garimpeiros sendo reduzidos a praticamente zero, em alguns casos.
"Como há ainda duas ou três áreas em que as pessoas estão insistindo [em ficar], nessa nova fase vai haver o fechamento do corredor, no que se refere ao tráfego aéreo. E nós vamos agora, já na próxima semana, intensificar prisões das pessoas que estão, infelizmente, descumprindo a lei e fazendo garimpo no território yanomami", disse.
Ele e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, também anunciaram que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai realizar uma espécie de censo no território yanomami para identificar e coletar dados.
A situação crítica dos povos Yanomami se iniciou com o afrouxamento das restrições ao garimpo, em 2019. A população se encontrava em estado de desnutrição severa e intoxicação quando grupos do ministério da Saúde chegaram ao local, no início do ano. Ao menos 99 crianças Yanomami morreram em 2022 por conta do avanço do garimpo na região.