Dia das Mães

Mulheres em tempos modernos: Elas se dividem entre o cuidado dos filhos, o trabalho e ainda encontram tempo para a prática esportiva.

Mayron Gouvêa
08/05/2022 07h35 - Atualizado em 08/05/2022 às 07h35

O exercício da maternidade, para a maioria das mulheres, simboliza um dos grandes desafios da vida. Dar a luz a um ser não é algo fácil, pois significa se tornar responsável pelo desenvolvimento de uma criança. Contudo, mesmo conhecendo as complicações da tarefa, a Rita Arêas, 56 anos, quis engravidar. A empresária é mãe de três filhos homens: um de 28, outro de 29 e o mais velho com 32 anos. 

Para ela, com os meninos, a regra do jogo foi sempre prepará-los minimamente para a vida, a fim de que eles soubessem fazer escolhas certas. “Tenho três filhos homens e isso torna a minha presença ainda mais necessária em relação às demandas do dia a dia do lar. O desafio é diário! Compor tantas agendas e demandas não é fácil. Tem que haver uma vigilância permanente para não negligenciar com algum eixo”, ponderou.




Rita é do tipo polvo, com braços, ainda, para tomar conta de uma indústria de confecções e também estar ligada a entidades de classe. Por isso, para aliviar a tensão, a mulher de múltiplas faces buscou no esporte uma forma de desacelerar. Ela pratica tênis e beach tennis, por hobby, mas gosta de competir em torneios amadores, porque o desafio é atraente. “A intensidade profissional é grande e só com muita disciplina e esforço é possível atender. Esse ritmo frenético tem que fazer parte da natureza da pessoa para que não a torne refém de tantas obrigações. O esporte é o bálsamo e válvula de escape de toda essa rotina corrida, sem ele não daria conta de tudo que estou envolvida”, refletiu.

No mesmo time das mulheres que são mães, trabalhadoras e esportistas está Ana Cristina Monteiro, 53 anos, que é gestora em varejo de moda de uma grande loja em Belém. A contadora foi atleta de basquete até os 18 anos, quando deu uma pausa para o casamento e a maternidade, dando a luz a três filhos: dois meninos e uma menina, hoje, dois engenheiros civis e uma médica cardiologista, com 33, 32 e 28 anos. Ela lembra que foi desafiador conciliar maternidade, vida profissional e o amor pelo esporte. 



Na loucura das viagens a trabalho, um tênis na mala era imprescindível para a prática esportiva. Sem conseguir a dedicação para voltar ao atletismo, Ana conta que resolveu malhar, correr, pedalar, jogar tênis, squash, beach tennis e, meio às paixões - trabalho, família e esporte - o jeito foi encontrar uma solução que atendesse carinhosamente a todos.

“A alternativa foi colocar os filhos para praticarem também. Adoramos jogar juntos, desde quando eles eram pequenos. Sempre estávamos disputando alguma coisa: jacaré na praia, corrida na praça, pular corda, queimada, entre muitas brincadeiras, o que me ajudou a educá-los com qualidade, amor, ética, moral e respeito. Hoje, mesmo com todos adultos, mantemos as atividades esportivas e lúdicas, já que amamos jogos de tabuleiros. Acredito que esses momentos nos ajudaram a construir uma relação de confiança e respeito, que até hoje se mantém firme e forte”, justificou.

Mensagens para quem deseja entrar no desafio da maternidade

“Ser mãe é nos descobrir capazes de amar incondicionalmente, entendendo que os filhos não são para nós, e sim para a vida! E, em razão disso, devemos prepará-los para que sejam felizes”, expressou Rita Arêas.   

“A minha mensagem para as mães de hoje é que não tenham medo que seus filhos não as amem. Sejam duras, firmes, criteriosas, imponham limites, o não é muito importante, mas com justificativa e com amor. Filhos precisam da mãe para educar, mostrar caminhos e resultados, corrigir muitas das vezes, amar, brincar, se divertir, estar presente realmente na vida. Tenho uma irmã que sempre me falava que ser mãe não é a quantidade de tempo que você passa com o seu filho, mas a qualidade desse tempo", exprimiu Ana Cristina Monteiro.

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