02/12/2022 às 18h27min - Atualizada em 02/12/2022 às 18h27min
Um quarto dos jovens entre 15 e 29 anos não estuda nem está ocupado, aponta IBGE
Luciana Carvalho, estagiária sob supervisão do jornalista Yuri Maia.
Rovena Rosa/Agência Brasil Segundo a pesquisa Síntese de Indicadores Sociais (SIS): Uma análise das condições de vida da população brasileira de 2021, divulgada nesta sexta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que após dois anos de pandemia, em 2021, um em cada quatro jovens brasileiros de 15 a 29 anos, o equivalente a 25,8%, não estudava, nem estava ocupado. Mais da metade - 62,5% - é mulher. As informações são do G1.
De acordo com a publicação, por conta da falta de experiência, os jovens são os que enfrentam maior dificuldade tanto para ingressar quanto para permanecer no mercado de trabalho. Eles representam o grupo mais vulnerável aos períodos de crise econômica, especialmente os menos qualificados.
Em 2021, dos 12,7 milhões de jovens de 15 a 29 anos que não estudavam nem estavam ocupados no Brasil, as mulheres de cor ou raça preta ou parda representavam 5,3 milhões desses jovens (41,9%), enquanto as brancas formavam menos da metade desse montante: 2,6 milhões (20,5%), totalizando 7,9 milhões de mulheres ou 62,5% dos jovens que não estudavam nem estavam ocupados. Entre os 4,7 milhões de jovens restantes nessa situação, três milhões eram homens pretos ou pardos (24,3%), conforme classificação do IBGE, e 1,6 milhão de brancos (12,5%).
Os dados do IBGE indicam, ainda, que há uma desigualdade regional marcante na análise dos jovens que não estudam nem estão ocupados. De maneira geral, estados do Norte e Nordeste tinham fatia maior de jovens nesta situação que na média nacional – com exceção de Rondônia (22,7%) –, enquanto Sudeste, Sul e Centro-Oeste tinham percentuais abaixo da média.
A exceção, neste caso, é o estado do Rio de Janeiro, em que 27,5% dos jovens entre 15 e 29 anos não estudavam nem estavam ocupados.O Maranhão foi o estado com pior índice, com 37,7% de seus jovens nesta condição. Na outra ponta, Santa Catarina foi o estado com o menor percentual: apenas 12,5% de seus jovens não estudavam nem estavam ocupados em 2021.
A pesquisa mostrou que a pandemia não alterou a composição desse indicador por raça ou sexo. A SIS aponta que os distintos papéis de gênero na sociedade influenciam a razão pela qual os jovens e as jovens se encontram na situação de não estudar nem estar ocupado. Os homens tendem a estar nessa situação mais frequentemente como desocupados, ou seja, em busca de ocupação e disponíveis para trabalhar, já as mulheres como fora da força de trabalho.