As promoções atraíram os clientes, mas não agradaram os lojistas.
As lojas comerciais do centro de Ananindeua, próximo ao mercado central da cidade, contaram com a presença do consumidor neste sábado, em plena véspera do Dia das Mães - a segunda data mais importante para o setor segundo o Sindicato do Comércio Varejista e de Lojistas de Belém (Sindilojas).
Camila Fernanda, 21, foi uma das atrasadas na compra do presente para a mãe. A estudante conta que as tarefas do dia a dia não permitiram dar atenção ao momento, já que a mãe merece o melhor. “Eu comprei bolsa, carteira e uns brincos. Os cinco filhos estão preparando surpresas. Só que a faculdade e uns bicos para ter dinheiro para os presentes me atrasaram mesmo, e isso porque eu ia deixar para comprar só amanhã (domingo) de manhã”, explicou sorrindo.
Rose Almeida, 52, mãe de duas filhas, também entrou na lista das consumidoras atrasadas para a compra do presente devido à carga horária pesada na semana, tanto é que estava na loja ainda com o uniforme do trabalho. Depois de pesquisar e encontrar um local mais em conta para as aquisições, a chefe de cozinha resolveu levar presentes para as mulheres da família. “Para uma filha que já é mãe, para mim que já sou vó e, claro, para minha mãe - uma lembrancinha para cada uma, e ainda tem as irmãs. Mas, para mim, o importante é tá todo mundo junto no dia, porque o presente é só o material. O que fica é a união, o abraço e a presença com muita gratidão”, manifestou.
Em uma rápida enquete com lojistas, o Jornal Pará descobriu que o comércio respirou para a data, mas, segundo eles, não houve o aumento de cerca de 20% tão esperado pelos especialistas. Elaine Rocha é proprietária de uma loja de acessórios eletrônicos há 10 anos e garante que a expectativa foi frustrada. “O movimento foi fraco demais, longe do que se esperava. É possível melhorar depois que as pessoas saírem do trabalho, e essa é nossa esperança: nunca desistir”, confirmou.