Pelo menos 40% da frota de ônibus devem circular durante a greve, segundo determinação da Justiça
Greve dos rodoviários foi aderida na manhã de hoje e já causou prejuízos à população.
03/05/2022 20h19 - Atualizado em 03/05/2022 às 20h19
Foto:Mayra Leal
Uma determinação judicial cobrou que pelo menos 40% da frota de ônibus da Região Metropolitana de Belém (RMB) circule durante a greve dos rodoviários que iniciou nesta terça-feira, dia 03. Segundo a orientação da Justiça, o sindicato dos Trabalhadores Rodoviários e Empresas de Transportes Coletivos de Passageiros de Belém (Sintrebel), pagará uma multa de R$ 10.000 caso descumpra a ordem.
Para a desembargadora Maria Valquiria Norat do Tribunal Regional do Trabalho, o número de ônibus em circulação durante a greve deve ser calculado sobre a quantidade de veículos que circulam diariamente pela RMB. Ainda segundo Maria Valquiria, as empresas devem apresentar em 24 horas os dados que foram pedidos pelo Ministério Público do Trabalho para que não serem multados pela Justiça.
Segundo a determinação, “os sindicatos dos trabalhadores devem garantir o número de empregados suficientes para realizar o serviço durante o período de duração da greve, e o sindicato patronal deve apresentar uma planilha com a totalidade de ônibus que circula durante o dia e a noite, comprovando o cumprimento da decisão de circular com percentual de 40% dos ônibus".
Mas para muitos usuários do transporte público da cidade, essa determinação ainda não começou a ser seguida. Para a auxiliar de escritório, Beatriz Souza, hoje foi um dia em que não foi observado nenhum ônibus nas ruas. “Desde as primeiras horas do dia já tinham muitas pessoas esperando nas paradas e ônibus, e as poucas vans disponíveis não foram suficientes para garantir o transporte de todo mundo. No retorno para casa foi igual. Não vi um ônibus sequer”, afirma a secretária que se diz preocupada com os compromissos em seu trabalho. “Eu estou em fase de treinamento ainda, e com a paralisação dos rodoviários, eu acabo chegando atrasada, e comprometendo o meu rendimento com as novas demandas que estou aprendendo”, confessa.