10/11/2022 às 19h11min - Atualizada em 10/11/2022 às 19h11min

PF instaura inquérito para investigar atuação de diretor-geral da PRF nas eleições

Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão do jornalista Yuri Siqueira.

Reprodução/ Redes Sociais
Nesta quinta-feira (10) a Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, após pedido do Ministério Público Federal (MPF). O processo será conduzido pela Superintendência da PF em Brasília. As informações são do portal Metrópoles.

O diretor passou a ser alvo de críticas de diferentes órgãos e setores políticos após operações da PRF durante o segundo turno das eleições. As ações, realizadas em diferentes estradas, contaram com maior atuação no Nordeste, região em que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve mais votos no primeiro turno.


Em vídeos que circularam no dia do pleito, vários eleitores nordestinos em transporte público se queixaram de que não estariam conseguindo chegar aos locais de votação. Após a repercussão de imagens que mostram agentes impedindo o trânsito de eleitores, o termo “Deixem o Nordeste Votar” ficou em primeiro lugar entre os assuntos mais comentados no Twitter.

As blitzes, no entanto, foram proibidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Corte vetou tais práticas no dia das eleições justamente para não comprometer o processo. Mesmo assim, policiais rodoviários teriam executado as ações ilegais sob orientação de ofício expedido pelo diretor-geral da corporação. O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, chegou a cobrar explicações da polícia rodoviária no dia do pleito.

No mesmo domingo, Silvinei postou nas redes sociais uma mensagem de apoio a Jair Bolsonaro (PL). Em publicação no story do Instagram, Vasques divulgou uma imagem da bandeira do Brasil, com a seguinte mensagem: “Vote 22. Bolsonaro presidente”.

Vasques também pode ser investigado por uma possível omissão em relação aos bloqueios de rodovias que ocorrem em todo o país, desde a divulgação do resultado legítimo das urnas. Caminhoneiros passaram a fechar vias pelo Brasil, impedindo o ir e vir e adotando uma pauta antidemocrática e ilegal, ​ao pedir intervenção militar.

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