13/10/2022 às 18h37min - Atualizada em 13/10/2022 às 18h37min
Pratos típicos do Pará movimentam a economia do Estado no mês de outubro
A expectativa é que 50 mil turistas venham ao estado nesse período e injetem cerca de R$100 milhões na economia paraense
Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão do jornalista Nelson Nunes.
Pedro Guerreiro / Ag. Pará Outubro é o mês em o chef de cozinha Igor Pantoja mais usa o tucupi e a maniva, dois ingredientes indispensáveis no preparo dos pratos mais tradicionais do almoço do Círio: o pato no tucupi e a maniçoba.
“Nessa época, turistas de todo o Brasil e até do exterior vêm para conhecer a festa e a nossa culinária. Sempre que eles provam é muito interessante ver a reação deles porque são sabores únicos que não têm nada parecido no resto do mundo”, diz Igor.
Para garantir o controle e a qualidade dos ingredientes, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado Pará (Adepará) atua na inspeção e fiscalização dos produtos, como explica Hamilton Altamiro da Silva, fiscal agropecuário da gerência da Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Adepará.
“A maniva e o tucupi têm especificações para a sua fabricação. É o que nós chamamos de protocolo de produção, que é feito em cima de análises, estudos, visitas no local, etc. Tem muita coisa que envolve isso, mas a principal finalidade desse processo de fiscalização é chegarmos a um produto que ofereça segurança e qualidade alimentar ao consumidor”, garante o fiscal.
A agricultora Luciane de Oliveira, do assentamento Expedito Ribeiro de Santa Bárbara, começa a produção de pato, maniva e tucupi dois meses antes do Círio. Para melhorar o trabalho, a produtora recebe orientação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater).
“Recebemos uma assistência técnica para horticultura e várias outras situações. Além do tucupi e da maniva, essa é a época que mais vendemos patos e patas no assentamento, vendemos no quilo. Nossa venda para o Círio, no assentamento, praticamente já encerrou. Estamos apenas com uns 2% dos produtos que sobraram. Nosso maior rendimento é nessa época”, comemora a agricultora familiar.
Em 2022, depois de dois anos de restrições oficiais por causa da pandemia, a expectativa é que o Círio atraia mais visitantes, impulsionando o turismo na capital. A expectativa da Secretaria de Estado de Turismo (Setur) é que o Estado receba uma faixa de 50 mil turistas em todo o período. A movimentação deve injetar cerca de R$100 milhões na economia do Pará.