07/10/2022 às 10h26min - Atualizada em 07/10/2022 às 10h26min
Advogada pode ser condenada a pagar R$ 100 mil após declarações contra nordestinos
Amaral Rosa, estagiário sob supervisão de Yuri Siqueira, jornalista
Após declarações xenofobas da advogada Flávia Aparecida Rodrigues Moraes, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Uberlândia se posicionou sobre o ocorrido na noite desta quinta-feira (06). No posicionamento, o presidente da OAB Uberlândia, José Eduardo Batista, informou que o órgão decidiu por exonerar Flávia do cargo de vice-presidente da Comissão da Mulher Advogada, cargo ao qual, já havia pedido licença do posto após o vídeo circular nas redes sociais.
Na ocasião, o presidente declarou "Reiteramos que não compactuamos com os lamentáveis fatos veiculados nas redes sociais, nem com as expressões usadas pela advogada".
Também nesta quinta, a Defensoria Pública de Minas Gerais propôs uma ação civil pública contra Flávia. O órgão pede que a advogada pague R$ 100 mil em danos morais.
No vídeo publicado, Flávia propaga falas preconceituosas e discriminatórias, causando um constrangimento ao povo nordestino, durante a gravação afirmou que "não vai mais alimentar quem vive de migalhas”.
Induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, pelas redes sociais, é crime, com pena prevista de até 5 anos de reclusão, de acordo com Lei Federal.