Belém, a porta de entrada da Amazônia, deu mais um passo importante em sua jornada para se tornar referência global em sustentabilidade. No Parque da Cidade, um marco foi alcançado com o transplante das primeiras samaumeiras, árvores icônicas da região amazônica. Essa etapa é parte de um projeto ambicioso do Governo do Pará, que já concluiu 70% das obras e busca equilibrar desenvolvimento urbano e conservação ambiental. O local será um dos grandes legados da Conferência do Clima da ONU (COP 30), que ocorrerá em 2025 na capital paraense.
Foto: Divulgação
De acordo com a vice-governadora Hana Ghassan, o Parque da Cidade é muito mais do que um espaço destinado à COP 30. "Estamos criando um ambiente que valoriza a nossa floresta e a nossa gente. A samaúma, símbolo de força e sustentabilidade, reflete o compromisso do Governo com a biodiversidade e o legado que queremos deixar para as futuras gerações", afirmou.
Gigantes da Amazônia chegam ao novo pulmão verde de Belém O mais recente lote de árvores transplantadas para o parque inclui 10 samaumeiras e 10 palmeiras, provenientes de áreas de manejo especializado. Entre as árvores, destaca-se uma samaúma de 50 anos, que pesa 4 toneladas, tem tronco com 1 metro de circunferência e 10 metros de altura. Esse gigante amazônico representa a complexidade e a monumentalidade do processo de transplante.
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Segundo Juliane Moutinho, engenheira agrônoma responsável pela execução do projeto, o transplante foi realizado com rigor técnico para garantir a saúde das árvores. “Cada árvore passou por um processo meticuloso de certificação e agora está em fase de adaptação antes de ser posicionada em seu local definitivo no parque”, explicou.
Essa etapa faz parte de um plano maior que inclui o transplante de flamboyants, que, dois meses após sua realocação, já florescem no parque. Ao final do projeto, o espaço contará com mais de 1.500 árvores, 190 mil plantas ornamentais e 83 mil metros quadrados de grama, consolidando-se como um vibrante pulmão verde para a cidade.
Desafios e legado ambiental Transformar o antigo terreno do aeroporto de Val-de-Cans em um parque ecológico de 500 mil m² não foi tarefa simples. O solo árido e compactado, somado ao manejo especializado de árvores adultas como samaumeiras e seringueiras, exigiu planejamento cuidadoso. "Atualmente, temos cerca de 1.200 árvores plantadas e transplantadas no Parque da Cidade", destacou Daniela Genú, gerente de Relacionamento e Meio Ambiente da Vale, que participa do projeto.
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Além de sediar a COP 30, o Parque da Cidade será um espaço multifuncional com ciclotrilhas, ecotrilhas, museu da aviação, boulevard gastronômico e áreas de lazer que promoverão qualidade de vida e cultura para os moradores de Belém.
O Governo do Pará reforça que o parque simboliza não apenas a preparação para um evento global, mas também o compromisso duradouro com o meio ambiente e o bem-estar da população. "Este parque é uma prova viva de que é possível unir progresso urbano e preservação da floresta amazônica", concluiu Hana Ghassan.
Fonte: AGÊNCIA PARÁ
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