Festival destaca o empreendedorismo de mulheres ribeirinhas da Amazônia

O festival “ELAS de Meruú”, que reúne mulheres da região do Rio Meruú-Açú, no Baixo Rio Tocantins, será realizado nos dias 5 e 6 de novembro, no Centro Comunitário São Lucas, em Igarapé-Miri. O projeto tem como eixos a cultura e segurança alimentar, práticas sustentáveis, saúde, artesanato, imaginário popular e inovação social. A programação traz debates, workshops e oficinas.

O “ELAS de Meruú” terá a participação de agricultoras, coletoras, artesãs, pesquisadoras, chefes de cozinha, profissionais de saúde, empreendedoras sociais, educadoras populares, profissionais da beleza, bioeconomia e economia criativa.

O festival busca o intercâmbio entre gerações e saberes, com destaque para as práticas alimentares e o empreendedorismo gastronômico de comunidades ribeirinhas. “Outros aspectos da vida individual e coletiva também são tangenciados, como a produção de artesanato, remédios da floresta, arte, cultura, saúde e profilaxia, educação ambiental e práticas sustentáveis, criação dos filhos, tradições e imaginário popular”, destacam Maírna Dias e Verena Nogueira, organizadoras da iniciativa.

Contemplado pelo Prêmio Preamar de Cultura e Arte, o projeto “Elas de Meruú” é uma realização da Secretaria de Cultura do estado do Pará, com apoio da Federação das Cooperativas de Agricultores Familiares (FECAF), Cooperativa dos Agricultores e Produtores Rurais de Meruú (Coaprime), Mash, Açaí Forma, Ohvibe Hostel e Arte, Caminho da Mata e Espaço Cultural Xavier.

Programação

A programação conta com rodas de conversas, palestras, workshops e oficinas, que tratam os temas escolhidos com as mulheres da região. No eixo da temática “saúde”, haverá a roda de conversa “Práticas integrativas de saúde mental e bem viver na comunidade de Meruú”, com a psicóloga Eluana Carvalho; a oficina “Saúde bucal da criança: o que fazer em cada fase?”, com a dentista Manuella Colaço; “Remédios da floresta”, com Miracy Silva, farmacêutica; e “Saúde da mulher e da família”, com a médica Mayumi Fujishima.

No eixo “cultura alimentar”, será realizada “Saberes e sabores ancestrais”, com Daniela Serrão, chef de cozinha; e a oficina “Cultura alimentar, segurança alimentar e cozinha sustentável”, com a chef de cozinha Evelyn Muniz.

Haverá ainda, no eixo “empreendedorismo”, as atividades “Cores da natureza: produção de tintas naturais”, com Nil Cerqueira, artista visual; e “Empreendedorismo feminino utilizando a cultura alimentar na floresta”, com Caroline Lisboa e Camile Lisboa, tecnólogas de alimentos. 

A programação traz também a atividade “Corpo que brinca: brincadeira e autonomia na infância”, com a assistente social Amanda Santos; “Imaginário local sob o olhar das crianças”, com a educadora Lorena Sá Ribeiro; e “Mulheres e direitos sociais”, com Laura Rosa Almeida, assistente social.

Acompanhe a programação e acesse mais informações no Instagram do projeto.