13/09/2022 às 14h31min - Atualizada em 13/09/2022 às 14h31min
Naufrágio no Pará: Comandante é considerado como foragido
Polícia Civil aguardava seu depoimento nesta terça, devido o não comparecimento Marcos passa a ser considerado como foragido
Amaral Rosa, estagiário, sob supervisão de Yuri Siqueira, jornalista.
O comandante da lancha "Dona Lourdes II", Marcos de Souza Oliveira, que naufragou e deixou mais de 20 pessoas mortas, no dia 8 deste mês, na ilha de Cotijuba, é considerado a partir de agora como foragido da justiça pela Polícia Civil do Pará. A decisão anunciada pelo delegado-geral Walter Resende em uma entrevista coletiva nesta terça-feira (13) após o não comparecimento do suspeito na delegacia geral anunciado para hoje às 10h.
"A gente não está contando mais com essa apresentação. Nós estamos em diligência e vamos capturá-lo onde ele estiver. Ele será preso", garantiu o delegado-geral Walter Resende.
Para a Polícia Civil, Marcos é suspeito de homicídio doloso, quando o risco de morte é assumido. Esse risco seria a superlotação da embarcação e operação irregular da linha Marajó/Belém, com embarques e desembarques em trapiches irregulares. Até a manhã desta terça, 22 mortes estavam confirmadas e 66 pessoas foram resgatadas com vida.
Dois dias antes do naufrágio, Marcos havia sido notificado pelas irregularidades na lancha "Dona Lourdes II", propriedade de sua irmã, cedida a empresa da mãe deles, Meire Ferreira Oliveira. Anteriormente Duas embarcações do suspeito foragido já haviam sido apreendidas por irregularidades constatadas pela Marinha do Brasil e pela Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon-PA). A defesa dele garante que a embarcação que resultou no acidente estava em "processo de regularização".
A mãe do suspeito compareceu à Delegacia Geral na manhã desta terça-feira (13), para o delegado-geral, a apresentação de Meire poderá ajudar nas investigações que, segundo Resende, já comprovam a culpa do comandante da embarcação.