15/04/2024 às 10h32min - Atualizada em 15/04/2024 às 10h45min

Barco é encontrado à deriva com corpos em decomposição no Pará

Resgate e transporte da embarcação do alto mar até trapiche foram feitos neste domingo (14).

Da redação

Fábia Sepêda/TV Liberal
A Polícia Federal começa nesta segunda-feira (15) a análise do barco encontrado à deriva com corpos. A embarcação foi trazida do alto mar para a terra firme durante o domingo (14). Agora, a perícia trabalha para identificar quantas vítimas são e local de origem.

A PF também detalhou que serão utilizados protocolos de Identificação de Vítimas de Desastres (DVI), os mesmos usados com as vítimas da tragédia de Brumadinho, em 2019, e em casos de acidentes aéreos e desastres naturais, por exemplo.

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O objetivo da DVI, que reproduz técnicas internacionais de perícia, é que as vítimas, mesmo em estado de decomposição avançado, possam ser identificadas precisamente e legalmente, dando a possibilidade de que os corpos sejam entregues às famílias posteriormente.

A suspeita é que as vítimas que estão no barco sejam estrangeiras, mas a confirmação só deve ocorrer após a perícia, segundo a Polícia Federal e os bombeiros.

"Tudo indica que são estrangeiros, mas é uma hipótese. Essa embarcação não possuí nenhuma identificação que nos dê consistência para saber de que país é", explicou o tenente dos bombeiros Hugo Moura, um dos envolvidos no resgate.

"Somente depois de a polícia científica da Polícia Federal e do Estado conseguirem fazer os exames de necropsia [será possível saber]. A Polícia Federal deve fazer contato com consulados, com serviços diplomáticos para tentar identificar", complementou o militar estadual.

O barco foi achado na manhã de sábado (13) por pescadores à deriva no mar, próximo a uma ilha no litoral de Bragança. A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) abriram investigações sobre o caso.

 
Um dos objetivos da investigação da Polícia Federal é descobrir a nacionalidade das vítimas, além da causa das mortes. Os corpos foram encontrados em estado de decomposição.

Perícia após resgate de horas do barco - O trabalho de resgate da embarcação com os corpos começou pela manhã e durou mais de 12 horas. A maré baixa dificultou o traslado, assim como a necessidade de trazer o barco em baixa velocidade.

"É uma missão que requer pressa, porque quanto mais dias passa, com a decomposição, mais fica difícil de a perícia trabalhar, mas temos que trabalhar com todo cuidado, com segurança para não danificar a embarcação, navegando em áreas muitos rasas", explicou o tenente Hugo Moura.

Corpos em decomposição - A embarcação com vítimas foi achada por pescadores na manhã de sábado (13), mas a maré baixa dificultou os trabalhos de resgate à tarde e à noite de sábado. Mesmo assim, equipes se aproximaram do local para avaliação inicial da situação.

"Pelo estado que estão já, bem desidratados, tem bastantes dias, talvez até mais de um mês", afirmou o bombeiro Tadeu Barbosa sobre a situação dos corpos.

Na manhã de domingo, uma força tarefa com autoridades federais, estaduais e municipais foi ao encontro da embarcação com os corpos, assim que a maré subiu.

O caso esta sob investigação policial.

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