O ex-presidente Jair Bolsonaro estuda processar Lula, o atual presidente da República, por danos morais, após Lula ter falado que o ex-presidente teria subtraído itens de mobília do Palácio da Alvorada ao deixar o governo, no fim de 2022. Bolsonaro alega que foi vítima de ataques na mídia e nas redes sociais após a declaração de que ele teria “levado tudo” ao deixar o Alvorada.
As críticas surgiram no primeiro mês de mandato do atual presidente. Durante um café da manhã com jornalistas, Lula reclamou de iniciar o mandato em um hotel. “Não sei se eram coisas particulares do casal, mas levaram tudo. Então, a gente está fazendo a reparação, porque aquilo é um patrimônio público”, disse o presidente. Porém, aos poucos, os 261 itens que faltavam ao patrimônio do Alvorada foram sendo localizados.
Na quarta-feira, 20, a Secretaria de Comunicação da Presidência anunciou ter recuperado todo o mobiliário desaparecido. Segundo a Secom, a mobília teria sido tratada com “descaso” e estava em “locais diversos”, o que demandou esforço para sua localização. No entanto, o suposto desaparecimento dos 261 itens de mobília do Alvorada foi um dos argumentos usados pela Presidência para aquisição emergencial de móveis, sem licitação, no valor de R$ 380 mil em 2023. Outra compra, com licitação de 11 itens, destinou mais R$ 196,7 mil para recomposição do mobiliário da Presidência no ano passado.
Após a descoberta dos móveis “desaparecidos” no governo Bolsonaro, o deputado Kim Kataguiri apresentou um pedido de auditoria ao Tribunal de Contas da União (TCU) para apuração da legalidade dos gastos feitos por Lula. O parlamentar também questiona a gestão patrimonial das residências oficiais pela demora na localização do mobiliário. No anúncio sobre a descoberta dos itens, a Secom informou que o mobiliário comprado recentemente “passou a integrar o patrimônio da União e será utilizado pelos futuros chefes de Estado”.
Com informações do Metrópoles
ACOMPANHE O JORNAL PARÁ Quer ficar bem-informado sobre os principais acontecimentos do Pará e do Brasil? Siga o Jornal Pará nas redes sociais. O JP está no Instagram, YouTube, Twitter e Facebook.