24/06/2023 às 12h09min - Atualizada em 24/06/2023 às 12h09min

"Tem muito fuzil à disposição', afirma terrorista paraense sobre a ajuda oferecida ao Exército para golpe

George Washington, preso após tentar explodir uma bomba perto do Aeroporto de Brasília, escreveu mensagens ao Exército.

Carlos Yury

Reprodução - Poder 360
Preso desde dezembro do ano passado, após tentar explodir uma bomba próximo ao Aeroporto de Brasília, o terrorista paraense George Washington ofereceu armas em mensagens enviadas ao perfil do Exército, prontificando-se a ajudar em um golpe militar. As informações foram divulgadas pelo colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles. De acordo com o jornalista, as interações ocorreram no dia 11 de dezembro do ano passado, véspera dos ataques contra a sede da Polícia Federal. Procurado, o Exército respondeu que não consegue dar conta do volume de mensagens que recebe.

As mensagens foram encontradas durante a perícia no celular do paraense, pela Polícia Civil do Distrito Federal. Na primeira delas, George Washington escreveu um pedido de socorro às Forças Armadas: “SOS FFAA”. No mesmo dia, ele compartilhou uma notícia de um blog de esquerda com o título: “PT, sindicatos, MST e MTST formarão força de segurança paralela para Lula na posse”.

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“Convoquem os CACs. Srs., até quando vão esperar? Convoquem e ponham em treinamento militar intensivo”, escreveu, em referência aos Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs). “Tem muito fuzil à disposição, será uma honra servir a pátria. Não nos deixe sair como bandidos nessa situação", continuou. “Sejam rápidos, treinem os CACs. Não esperem as coisas ficarem mais sérias”, completou.

À PF, o paraense admitiu que gastou mais de R$ 160 mil em munição e armas, entre elas um fuzil Springfield calibre 308. 

George Washington enviou mensagens com o mesmo teor ao deputado federal General Eliéser Girão, do PL do Rio Grande do Norte, e ao senador Eduardo Girão, do Novo do Ceará.  “Não nos deixe sair como bandidos”, escreveu ao deputado. O terrorista disse ao senador ter muitos “atiradores sniper” entre os CACs, que poderiam agir como “força de reserva”.

“Não sabia que também tinham chegado ao meu Instagram. Não visualizei e nem respondi, até porque tenho mais de 260 mil seguidores só nesta rede social. Recebo diariamente milhares de mensagens, já que posto pelo menos quatro publicações por dia”, alegou Girão, sobre as mensagens. 

O deputado General Eliéser Girão afirmou que não conhece George Washington e que também não viu qualquer mensagem dessa natureza.

 

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