Mais um reajuste de preços está chegando para quem mora em Belém. Desta vez o valor da conta de água pode enfrentar o reajuste em mais de 40% segundo a Agência Reguladora de Belém, a Arbel, que apresentou a proposta de reajuste em uma audiência pública que ocorreu nesta segunda, dia 25.
Segundo a Arbel, a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) apresentou uma proposta de reajuste com 92.07% de reajuste nos serviços na capital paraense, justificando que identificou defasagem na tarifa. A proposta apresentada pela Agência foi definida em 41,40%, metade o aumento exigido pela Cosanpa. Participaram da audiência representantes da sociedade civil, associações de moradores, Ministério Público Estadual, Câmara Municipal de Belém e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PA), e a Cosanpa.
A proposta de 41,40% foi definida durante a audiência, e deverá ser aplicada de forma parcelada para não impactar diretamente a população. Sendo que o pagamento será de 20% na primeira parcela, 10% na segunda, 8,5% na terceira e o restante de 7% na quarta e última parcela.
Mesmo com a definição das parcelas, a população belenense não enxerga com bons olhos a proposta de reajuste, se preocupando com mais um aumento para encaixar no orçamento mensal. Para a empresária Rosângela Salgado, as contas vão ficar mais apertadas para pagar contas e funcionários. “Hoje temos seis imóveis no qual somos responsáveis pela conta do fornecimento de água. Então esse reajuste para a gente vai ser multiplicado pelo número de imóveis, o que vai prejudicar muito as contas”, revela Rosângela.
Para o dono de lava-jato, Alípio Pinho, existem alternativas para diminuir os impactos gerados pela alta dos preços. “Além dos aumentos que sempre existem, o serviço é muito ineficaz aqui em Icoaraci. Sempre falta água que é fundamental para o nosso serviço. O que levou a gente instalar um poço artesiano com bomba d’água para não deixar nossos clientes na mão”, conta Alípio que alerta sobre os serviços prestados pela Cosanpa. “Não adianta aumentar a tarifa se toda semana a água acaba aqui no bairro. A gente que tem poço, acaba ajudando os vizinho quando o serviço não funciona”, revela