Desde sexta-feira, 9, a população vem fazendo protestos e bloqueiam as saídas das balsas do porto de Camará, em Salvaterra, na Ilha do Marajó. Na noite de ontem, 11, moradores, amigos e familiares das vítimas do naufrágio de quinta-feira, 8, na Ilha de Cotijuba, se direcionaram até a casa do Prefeito do município, para cobrar uma posição e explicações dele. Dentre as principais reivindicações da população estão: a concessão pública de outras empresas de transporte, com melhores condições de oferta dos serviços e estrutura portuária, passem a operar na linha Belém-Camará e Carmará-Belém; e a retirada das empresas Banav e Arapari dessa linha, em caráter imediato, já que, segundo os manifestantes, elas não oferecem segurança para a população.
Ainda segundo a população que tem a necessidade de se deslocar do município para outros, relatam as dificuldades de as pessoas embarcarem e desembarcarem no porto de Salvaterra, na Ilha do Marajó, “Tem três ônibus com turistas que não tem onde ficar”.
Já na manhã desta segunda-feira os manifestantes se concentraram em frente a sede o Poder Legislativo de Salvaterra, em busca de conseguirem falar com alguém do governo, a Polícia Militar foi acionada para manter a segurança do local.
Em nota, a Secretaria de Estado de Transportes (Setran) e a Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon-Pa) informaram que a partir desta segunda-feira (12) irão realizar "uma nova concessão para empresas que operam na travessia do Porto de Camará até Belém e de Belém até o Porto de Camará, na ilha do Marajó. A nota diz que as empresas operarão de acordo com a lei.