01/12/2022 às 09h25min - Atualizada em 01/12/2022 às 09h25min

1 de dezembro - Dia Mundial de Combate à Aids

Aids no Pará soma 739 casos da doença entre janeiro e novembro de 2022

Jornal Pará

Garakta Studio
O Dia Mundial de Combate à Aids é comemorado em 1º de dezembro e tem por função primordial alertar toda a sociedade sobre essa doença. A data foi escolhida pela Organização Mundial de Saúde e é celebrada anualmente desde 1988 no Brasil, um ano após a Assembleia Mundial de Saúde que fixou a data de comemoração.

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) divulgou nesta quarta-feira (30), que entre 1º de janeiro e 28 de novembro de 2022, o Pará somou 733 casos de Aids, ou seja, quando o indivíduo portador do vírus HIV manifesta alguma doença oportunista. Os dados são oriundos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde. Já em 2021, o Estado confirmou 839 ocorrências. 

 
Os casos de HIV no Pará somaram 2.952 ocorrências em 2021, seguidos por mais 2.217 casos este ano, até o momento. As mortes ocasionadas por complicações causadas pela Aids chegaram a 711 no ano passado e contabilizaram 580 nesse ano, até 28 de novembro. Belém é a terceira capital brasileira com o maior número de pessoas vivendo com HIV-Aids, segundo dados do Ministério da Saúde.
 
Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realizará a programação com o tema “IST Não! Atenção, Cuidado e Prevenção”, que oferecerá à população diversos serviços de saúde e de cidadania.
 
As ações começarão na Usina da Paz da Cabanagem, nesta quinta-feira (01), e em mais seis locais durante a agenda de dezembro. A iniciativa disponibilizará, gratuitamente, os testes rápidos, que são realizados com a coleta de uma gota de sangue através da punção digital e o resultado, com o laudo, fica pronto em 20 minutos.
 
A programação incluirá ações no Mercado do Ver-o-Peso (03/12) e nas Usinas da Paz de Marituba (04/12), Cabanagem (10/12), Bengui (11/12), Icuí (17/12) e Jurunas (18/12), sempre no horário de 8 às 13 horas.
 
SERVIÇO

A Sespa disponibiliza, em Belém, a Unidade de Referência Especializada em Doenças Infecciosas e Parasitárias Especiais (Uredipe), para pacientes de todo o Estado vivendo com HIV/Aids. Outros canais de apoio são oferecidos pelas prefeituras, como os 76 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs) e 34 Serviços de Atenção Especializada (SAEs). Neles, a população em geral pode realizar o teste rápido diagnostico para o HIV, gratuito e sigiloso, e receber as devidas orientações para prevenir a doença ou iniciar o mais precoce possível o tratamento naqueles que apresentaram testes reagentes pela rede especializada do Sistema Único de Saúde (SUS).

 
 

O QUE É HIV?

HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids (da sigla em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Aids é a Síndrome da Imunodeficiência Humana, transmitida pelo vírus HIV, caracterizada pelo enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e pelo aparecimento de doenças oportunistas.
 
TRANSMISSÃO

O vírus HIV é transmitido por meio de relações sexuais (vaginal, anal ou oral) desprotegidas (sem camisinha) com pessoa soropositiva, ou seja, que já tem o vírus HIV, pelo compartilhamento de objetos perfuro cortantes contaminados, como agulhas, alicates, etc., de mãe soropositiva, sem tratamento, para o filho durante a gestação, parto ou amamentação.
 
SINTOMAS

Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da aids, o sistema imunológico começa a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV – tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença. Esse período varia de 3 a 6 semanas. O organismo leva de 8 a 12 semanas após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida. Caso haja suspeita de infecção pelo HIV, procure uma unidade de saúde e realize o teste.
 
PREVENÇÃO

O meio mais simples e acessível de prevenção ao HIV é o uso de preservativos masculino e feminino em todas as relações sexuais. Os preservativos são distribuídos gratuitamente em unidades de saúde e também podem ser comprados em estabelecimentos da iniciativa privada, como farmácias e drogarias.
 
TER HIV E NÃO TER AIDS

Há muitas pessoas positivas para o vírus HIV que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Elas podem transmitir o vírus pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso é importante fazer o teste regularmente e se proteger em todas as situações.

 
 

DESIGUALDADES E ESTIGMAS PROLONGAM PANDEMIA DE AIDS
 
Atingir o compromisso global de encerrar a pandemia de aids até 2030 passa pelo combate às desigualdades e estigmas que acompanham essa emergência de saúde pública desde o seu surgimento, há 41 anos, destaca o relatório Desigualdades Perigosas, divulgado esta semana pelo Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) para marcar o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado hoje (1°). Especialistas e ativistas reforçam que, mesmo com o avanço dos medicamentos disponíveis, a discriminação contra grupos vulneráves e pessoas que vivem com HIV reduz o acesso à saúde, impede o diagnóstico precoce e causa mortes por aids que poderiam ser evitadas com tratamento.
 
Segundo o Unaids, 38,4 milhões de pessoas viviam com HIV em todo o mundo em 2021. Esse número é maior que a população do Canadá ou que a soma de todos os habitantes dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. No Brasil, o número de pessoas vivendo com HIV passava de 900 mil no ano passado, de acordo com o Ministério da Saúde, e, desse total, cerca de 77% tratavam a infecção com antiretrovirais. A efetividade do tratamento disponível gratuitamente no país é reiterada pelo percentual de 94% de pessoas com carga viral indetectável entre as que fazem uso dos medicamentos contra o HIV. Quando o paciente em tratamento atinge esse nível de carga viral, ele deixa de transmitir o HIV em relações sexuais.
 
Desde o início da pandemia de Aids, em 1980, até dezembro de 2020, o Brasil já teve mais de 1 milhão de casos da doença, que causaram 360 mil mortes. A taxa de detecção vem caindo no Brasil desde o ano de 2012, quando houve 22 casos para cada 100 mil habitantes. Em 2020, essa proporção havia chegado a 14,1 por 100 mil, o que também pode estar relacionado à subnotificação causada pela pandemia de covid-19.

 
 
 
Fontes:
Ministério da Saúde
Secretaria de Estado de Saúde Pública
Desigualdades e estigmas prolongam pandemia de Aids

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