Caracterizada pela elevação persistente da pressão arterial, a hipertensão atinge mais de 38 milhões de brasileiros acima de 18 anos. Já quando se refere à faixa etária que é fator de risco as estatísticas são ainda mais preocupantes. De acordo com a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, cerca de 65% dos brasileiros acima de 60 anos possuem a doença.
Hoje, 26 de abril, é celebrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão. A data, instituída pela Lei nº 10.439/2002, quer conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico preventivo e do tratamento da doença.
No Pará, o Conselho Regional de Farmácia, ressalta a importância do farmacêutico no combate à doença. Principalmente no que se refere ao acompanhamento farmacoterapêutico do paciente hipertenso. Muitas vezes é na farmácia que o paciente costuma ter acesso à aferição da pressão arterial e outros serviços. De acordo com a farmacêutica e diretora conselheira do CRF-PA, Simone Sena, nas farmácias paraenses, o paciente hipertenso pode realizar o controle e o acompanhamento farmacológico ou não farmacológico da doença. "O farmacêutico pode ajudar na aferição de pressão, na avaliação de receitas para verificar as interações medicamentosas e orientar a respeito de hábitos saudáveis", destaca.
O Conselho de Farmácia também orienta que os usuários de anti-hipertensivos sempre levem suas receitas à farmácia e não só do remédio de controle da hipertensão. "O ideal é levar todas as medicações prescritas, e apresentar ao farmacêutico antes de realizar a compra, para que o profissional possa realizar uma avaliação da conciliação medicamentosa, descartando possíveis interações perigosas e oferecendo o melhor tratamento ao paciente", explica Simone.
De acordo com o CRF, o uso indiscriminado de medicamentos como anti-inflamatórios, pílulas anticoncepcionais, entre outros, também pode levar ao desenvolvimento da hipertensão ou até mesmo agravá-la. Por isso, é preciso o uso racional de medicamentos, além de evitar a automedicação.