A sétima reunião anual do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) iniciou nesta terça-feira (25). O encontro tem como objetivo definir a taxa básica de juros, a taxa Selic. A definição deve ser divulgada amanhã (26).
Utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), a taxa básica de juros serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é um dos principais instrumentos de controle da inflação.
O Copom reúne a cada 45 dias para definir a taxa.
Na última reunião, a taxa foi mantida em 13,75% após ser elevada 12 vezes entre março de 2021 e agosto de 2022. Sua diminuição ou manutenção objetiva incentivar o crédito, a produção e o consumo, estimulando a atividade econômica e reduzindo o controle da inflação.
O aumento da taxa Selic, por outro lado, corrói o poder de compra e o valor dos salários, porque, além de acompanhar uma inflação já em alta, também aumenta taxas de cartões de crédito, empréstimos e outras operações financeiras nas quais incidem juros. Mais uma vez, os impactos são maiores sobre aqueles com menor poder aquisitivo, e micro e pequenos empresários.
Além disso, o ajuste da Selic também impacta na remuneração de investimentos como tesouro direto, poupança e outros investimentos de renda fixa. Com as taxas de juros maiores, os rendimentos aumentam e o faturamento é maior. Esse efeito, entretanto, só é perceptível entre as camadas mais altas da sociedade.
O impacto do reajuste da taxa Selic, segundo o BC, deve ocorrer apenas de 6 a 18 meses após as decisões. O ajuste realizado agora, portanto, está ligado às estimativas de inflação de 2023 e 2024.